domingo, 23 de novembro de 2008

Gracias Amyr!

Olá pessoas! Estimulado por pedidos carinhosos do Ivan, tais como: "to esperando um post seu que não seja migué!", venho aqui vencer meu bloqueio de escritor e tentar deixar algo válido de leitura nesse Blog.
Hoje acabei de ler um livro bem inspirador e vou falar sobre ele aqui. Chama-se "Cem dias entre o céu e o mar" do navegador Amyr Klink.
Pra quem não conhece, resumindamente, o cara é formado em Economia pela USP, com pós em administração de empresas e é conhecido por viagens solitárias de barco, incluindo uma viagem de 1 ano pela Antártida (na qual ficou 7 meses preso no gelo).
Esse livro que eu li é um relato dele de uma viagem que fez cruzando o atlântico, do sul da África até a Bahia, sozinho em um barquinho a remo. Demorou 100 dias (daí vem o título....der). Foi em 1984 e ele tinha 29 anos.
Parece maluquice né? Mas o cara tá longe de ser maluco. Além de descrever a viagem em si, o livro também cobre a etapa de preparação pra viagem (mais de 2 anos) e é uma aula de planejamento. A importância com os detalhes, a paciência de não queimar etapas, e a inteligência das escolhas são absolutamente admiráveis.
Agora, sempre que eu comento do Amyr Klink, ou de outras pessoas que fizeram ou fazem viagens parecidas, eu sempre ouço muitas pessoas dizerem: "Por que ele fez isso? Qual o objetivo? Ele arrisca a vida gratuitamente? Esse cara tem problemas!"
Ao ler o livro você nota logo de cara que não tem nada de suicida no projeto, e que, como eu já comentei, é tudo planejado num nível minuncioso de detalhes.
E pensando no "porquê" eu chego em dois pontos que são parte importante da natureza humana (por mais que a gente esqueça isso quase sempre): A vontade e o prazer em vencer desafios e a necessidade de viajar.
"Viajar"....tá ae algo que é "pira" em seu estado puro. Tem gente que vai pra praia no fim de semana com a família, tem gente que atravessa o oceano remando. As vezes pra encontrar pessoas, as vezes pra ficar sozinho, conhecer novos lugares, visitar os que você já conhece e tem saudades, são vários os possíveis motivos de uma viagem, mas o certo é que estar em um lugar diferente daquele do seu cotidiano é algo que tem boas chances de fazer com que você tenha novas perspectivas sobre assuntos antigos, e aprenda muito sobre você mesmo, quem você é, e como você reage em um ambiente diferente. Esse auto-conhecimento que se pode adquirir é algo totalmente sem preço.
Eu viajei pra cá pensando nisso....e lendo o livro eu não somente fiquei mais convencido do acerto da minha escolha, como também vi um modelo de como passar por esse processo aproveitando ao máximo. Alguém lembra do meu post de Planejamento x Deixar rolar? O cara achou um equilíbrio excelente nesse quesito. Quem sabe um dia eu não consigo também...
De qualquer forma.....tenho que agradecer a ele e a muitos outros que servem de modelo para mim refletir sobre a pira interior. E a vocês por lerem. Abraços

Pseudopire

Álvaro

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A volta!

Bomm galeraa... já que o nosso saudoso companheiro de blog Renan de Melo resolveu nos emocionar com tão glorioso texto, digo que estou de volta aqui também!

Recomeço minha participação nesse espaço com uma humilde percepção dos últimos (além de serem os últimos, são os mais recentes...) fatos que ocorreram em minha nada mole vida.

Há aproximadamente 2 meses retornei de meu intercâmbio na Turquia e uma breve viagem pelo velho mundo (Europa), estou de volta ao nosso tão sofrido, porém amado Brasil (o que faz vocês concluirem, com razão, que a descrição do blog está equivocada...pois 2 de nós nos encontramos na mesma nação). Desde que retornei dessa tão intensa experiência, me pus a pensar de que ela valeu e o que mudou em minha vida e concluí que ela não mudou em NADA em minha VIDA, pelo menos não a curto prazo... peraí ... me deixe explicar...posso?? vamos lá, explicando: hoje estou trabalhando em SP em uma empresa (onde minha experiência internacional de nada valeu no momento de minha seleção), tenho a mesma namorada que antes, os mesmos amigos (embora a maioria deles esteja distante), mesma família (estranho, não?).. dessa forma minha VIDA provavelmente seria muito parecida com a que levo se não tivesse saido do país... porém o que mudou em mim foi a MANEIRA de encarar tudo isso... como encarar o trabalho, a namorada, os amigos...a família!! querem ver???

Hoje consigo enxergar que trabalho é trabalho em qualquer lugar do mundo, não importa se você viva no melhor país (o que eh muito subjetivo) do mundo...trabalho vai ser sempre trabalho, problemas ocorrerão e agradeça por eles existirem.. que é isso que te faz acordar todos os dias de manhã, se não fossem eles seria tudo muito fácil, e não estamos aqui para isso, e sim para aprender!

Vejo como é importante ter uma pessoa companheira do seu lado, como um homem realmente precisa de uma mulher para poder viver e que tudo fica sem graça quando essa pessoa não está do seu lado!! Que bunito, não?

Consigo enxergar que a família é realmente a base para tudo, quem sempre vai te amparar, que não importa a decisão que tome, eles te apoiarão!

E que os amigos são a família que podemos escolher, não importando a distância que os separe, a amizade pode durar apenas por pensamento!

Ou seja, posso dizer que a volta ainda está acontecendo...mas hoje me sinto muito mais maduro e seguro do que quando larguei tudo aqui para um aventura temporária que foi, com certeza, o maior aprendizado de minha vida.... por enquanto!

Pseudopira is back to your life!!! heheheheheh

Ivan Cedran

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O QUE É SAUDADE?

Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. Bem...foi essa a definição que encontrei sobre este sentimento tão nobre, a saudade.

Mas pra mim, esse mero escritor sonhador mestiço dos cabelos grisalhos, pai, marido e muito feliz, saudade é mais do que isso...saudade para mim, acima de qualquer definição, é algo que me machuca.. e não é qualquer dorzinha que um analgésico resolva....saudade é dor crônica, muito difícil de ser curada.

Já diria o poeta que trancar o dedo na porta dói, mas não há dor maior do que a dor da saudade.

Basicamente, SAUDADE PARA MIM É NÃO SABER.

Não saber se o Slow é ainda um fofinho...não saber se ele já aprendeu a tocar outra música no violão que não seja "é fogo o nosso amor", não saber se ele continua raspando os pelos da barriga, não saber se ele continua jogando bola no clube Olímpico com os "tiozinho" e repassando as piadas que ele aprendeu para os seus amigos.

Saudade é não saber se o Ivan ainda usa a camisa "Sensation", não saber se ele continua aprendendo piadas com o Bean e espalhando para todo mundo que são deles, é não saber se ele ainda toca pagode com os amigos, é não saber se ele continua com a velha fama de .... (melhor perguntar pra Cintia), é não saber se continua bobo, como eu.

Saudade é não saber o quanto o Azul está sofrendo com a atual situação do Santos, não saber se ele continua fazendo caretas engracadas sem mais nem menos, não saber se ele ainda fala "Mágoa" ou "to drento" ou "teu cu na zona".

Saudade é não saber se o Cunha foi num CHURROS esses dias ou se já dá pra abater ele pro Natal que está chegando, saudade é não saber se ele continua o bebado mais engracado que eu ja vi em toda minha vida.

Saudade é não saber se o Ioran continua um homão, forte, musculoso, inteligente e...igual o Ivan, ou maior.

Saudade é não saber se a o Thiago lançou o filme Forrest Gump 2. É não saber quando é a reuniao da cúpula do Unibanco e Itau sobre a fusão.

Saudade é não saber se o Lucão continua amoroso e prestativo, e apertando os magrelos frageis que passam a sua frente.

Saudade é não saber se o Jaca cresceu, e se no emprego dele as pessoas o chamam de Jaca ou de Marcílio.

Saudade é não saber se o Alvaro continua gêmeo a mim em algumas situações, se ele continua com o peito de pomba e usando a camisa do RUSH.

Saudade é não saber se o Mar continua boa pinta. É não saber se ele ainda toma um copo e fica vermelho. É não saber o que ele achou sobre a Sao Paulo Fashion Week deste ano.

Saudade é não saber em qual escada a Cadinha senta hoje para conversar com alguem. É não saber se a Cintia vai rir dessa piada: Sabe a piada do pintinho caipira: PIR!

Saudade é não saber se a Monicão continua glamourosa e pegadora. É não saber se ela foi no pedicure ontem.

Enfim amigos, saudade é não saber, não saber de várias coisas, exceto uma: EU MORRO DE SAUDADE DE VOCÊS!!!

Para mim, saudade é isso que senti enquanto escrevia, e que vocês provavelmente irão sentir quando acabarem de ler.